Finalmente estou falando sobre o tão querido Kindle. Essa ferramenta tornou-se uma aliada incrível para meu trabalho, e com isso tornei-me um forte incentivador para que os outros o tenham. Entretanto, quando o recomendo recebo basicamente a mesma resposta: “Acho muito bacana, mas ainda prefiro o livro físico…”. Acreditem, eu também. E nada substitui o livro físico. O tocar, sentir o cheiro, folhar as páginas – em minha preferências as amarelas-… Porém, não é sempre que conseguimos estar com livros físicos em mãos, ou com uma mochila/ bolsa para levar-lo.
Mesmo possuindo uma boa coleção e querendo aumentar ainda mais o número de livros – quem não, né? -, confesso que minha rotina de leitura estava bem fraca, não estava contente e vinha sentindo essa falta. Costumo intercalar sempre entre um livro e uma história em quadrinho(Graphic Novels), termino um modelo, começo outro. Não me sinto bem em pegar dois livros seguidos, nem duas histórias em quadrinhos em seguida, algo meu, criei essa mania e me acostumei assim. E creio que assim é que devemos seguir, criando nossos métodos e nossas “manias”, mas de uma forma que consigamos colocar a leitura de volta em nossos dias que, de maneira geral, estão cada vez mais corridos.
Mas, sem tantas enrolações, vamos logo para os motivos que eu recomendo o Kindle:
- Facilidade para vida acadêmica: O Kindle salvou meu tcc!
Na universidade –
Meu TCC da Universidade foi sobre a criação de conteúdo para o YouTube. Nele analisei alguns vídeos do canal Jovem Nerd, e no processo de pesquisa percebi o quão, mesmo com a imensidão e magnitude de canais grandes brasileiros, somos pobres em literatura técnica sobre o fenômeno que foi e ainda é o YouTube. Poucos livros foram traduzidos referentes a produção de conteúdo em vídeo e muito menos sobre esse tema inserido ao potencial repositório de vídeos, hoje segunda maior fonte de buscas perdendo apenas para o Google. Os livros que achei a maioria eram em inglês e se fosse pedir pela internet, o que já era caro ficaria o dobro com o frete. Poderia baixá-los para ler no computador, mas ter que abrir o PC e ler apenas por ele complicaria muitas coisas. Nas pesquisas vi que todos eles – os que eu utilizaria – estavam disponíveis para compra no Kindle. E por um preço bem mais acessível. Para não mentir, um dos livros (“YouTube – A revolução Digital” de Burgess & Green) consegui achar em uma universidade de Criciúma, e fiz cópia. Isso depois de procurar na universidade em que estudava, em outra faculdade em Porto Alegre e meu colega procurando em algumas bibliotecas de São Paulo. Consegui consumir esses materiais graças as versões para o dispositivo, e foi o que me gerou mais bagagem argumentativa em relação ao meu tema de pesquisa.
Claro, nesse caso e em muitos outros é necessário pelo menos uma noção básica de Inglês, mas como diz Matheus de Souza em seu artigo: “Por que você ainda não fala inglês?”. A língua, mesmo que você não queira, se tornou essencial no mundo dos negócios, mas para vida acadêmica também. E para quem produz conteúdo e quer que esses sejam bem embasados, o inglês expande o leque para encontrarmos materiais, sejam eles qual for.
Na Comédia –
Comédia é algo sério. Acreditem. Ajudei a produzir diversos shows de comédia, e jantei com muitos comediantes famosos. A maioria, super sérios e estudiosos. Os mais “babacões”, “maconheiros” e “retardados”, como alguns os chamavam referente ao que viam no palco, eram justamente os que fora dele, mudavam da água para o vinho e se mostravam profissionais super focados, estudiosos e muito sérios. A construção do que víamos na apresentação era nítida, e de maneira positiva. Pois todo aquele conjunto que fazia o público rir vinha de muita bagagem de estudos. “
Dessa forma, considerando que o Stand-up e diversos grandes nomes da comédia são dos Estados Unidos, claramente os materiais mais ricos estão em inglês. E não digo shows de stand-ups em inglês na Netflix, digo livros e mais livros. Logo que comecei já fui introduzido a ler “The Comedy Bible” da Judy Carter. – Recomendação daCarol Zocolli em uma série muito legal de dicas que ela tem em seu canal no YouTube -. Não só isso, engatei em um curso de Roteiro de Esquetes da The Second City, todo em inglês também. Esses materiais, os livros, a maioria ocorreu o mesmo que no TCC, os encontrei de forma acessível no Kindle.
“Aahh, mas eu não consigo ler nisso!” – Consegue, quando é para necessidade conseguimos, sim. E o sistema de iluminação que falarei depois, facilita e muito para nossos olhos.
- Praticidade e o retorno a rotina de leitura:
Como disse anteriormente, também prefiro o livro físico, e recebo diversos livros e quadrinhos do Grupo Cia. das Letras para falarmos no Pêssego Podcasts. Porém, antes de termos a parceria, o Kindle já havia me ajudado a voltar com uma rotina de leitura mais intensa e próximo do que eu gostaria – ainda não estou lendo como quero -, pois tornou-se mais prático. Quando em casa ou em outro canto que possa levar livros físicos, sempre opto por lê-lo assim. Mas nem sempre é confortável ou prático levar para qualquer lugar. O dispositivo cabe no meu bolso, o levo no ônibus [Não tenho carro], em alguma volta… Seja o lugar que eu for eu consigo estar com ele em mãos e no primeiro momento em que posso ligá-lo para seguir a leitura, assim o faço. Essa praticidade me fez com que eu conseguisse consumir mais do que já estava lendo e iniciar outras leituras.
Quando possuo o livro físico, também gosto de tê-lo no Kindle, pois assim quando estou apenas com o digital, inicio da parte em que parei no físico, e ao voltar para, leio da onde parei no virtual. Mantenho a leitura em dia e tudo está certo. Tudo foi questão de costume, sei e sinto as diferenças, mas ambos me passam uma sensação de prazer, pois os dois modelos tem vantagens e desvantagens.
Agora que recebemos os livros para falarmos nos programas, costumo fazer a mesma tática, os leio no físico e digital, assim fico em dia e consigo gravar a tempo. Pois uma piscada os livros acumulam, já que não é um filme ou animação que em algumas horinhas você mata.
- Biblioteca rica em clássicos:
Minha biblioteca pessoal e a do Kindle estão disputando bastante em quantidade, entretanto, no Kindle consegui pegar – muitos em português – clássicos das quais ainda não achei nem em SEBOS. Títulos desde as clássicas aventuras Pulp de Tarzan, livros ligados a política e economia aos diversos escritos de Júlio Verne, Asimov e Dostoievzki. Acabo tendo no fator diversidade, muito mais no Kindle, pois se tornou mais fácil encontrá-los. A curiosidade e vontade de consumir esses clássicos, e textos importantes caso queiramos entender ainda mais sobre determinados estilos e autores, vai além de qualquer luxo em preferir consumi-los de forma física.
E caso você ficou curioso em relação ao armazenamento, tenho cerca de 200 livros baixados nele e ainda estou com 2,56 Gb livres. Como os livros são arquivos leves, não chegando a ter 1 Mb, completar toda capacidade é algo para quem tem MUITOS livros. Sendo que, quem comprar o novo Kindle Papperwhite, se não me engano ele está vindo com 4 Gb de memória, o dobro do meu. Ou seja, dá para ter uma biblioteca riquíssima.
- Espaço disponível em casa:
É muito comum encontrarmos quem deseja ter uma biblioteca grande em sua casa, eu me incluo nesse grupo. Aquela ou aquelas estantes repletas dos mais diversos livros. Mas também tem quem prefira não ter uma grande quantidade de livros guardados, ou já está com o espaço que reservou para super lotado. Nesses casos, uma nova organização será necessária para que novas aquisições sejam colocadas, ou adaptar-se para uma biblioteca digital.
Nem sempre temos a nossa disposição todo esse espaço, e já vi relatos também de algumas pessoas que indo morar em apartamentos novos, menores, optavam por doar ou vender alguns livros – junto de outros diversos objetos/móveis… – para ter mais espaço no novo endereço. É comum e acontece bastante, mas entendo se assim como eu, você também se questiona “como assim não ter mais os livros?”. O digital está ai para isso, mesmo que prefiramos ter o físico. Continuaremos com nossa rotina, com o gosto da leitura, sem precisar nos preocupar com espaço, com o Tetris da estante, mas apenas focar em seguir nossas leituras.
- Não é o mesmo que ler em tablet:
Engana-se você se pensa que ler os livros no tablet, até mesmo no app do Kindle, é a mesma coisa que ler no dispositivo. Eu cometi esse engano, assim como praticamente todos os meus colegas. Particularmente sou um fresco das teleas, não consigo utilizar com muita iluminação, seja no computador, celular… Minha vista cansa muito facilmente, e se tem algo que me agoniava era ler os livros com aquelas lanterninhas para usarmos de noite. Mas era o que tínhamos.
Conheço alguns outros eReaders apenas de nome, minha sogra por exemplo e um ex-colega da universidade possuíam o Lev e o Kobo, mas nunca os usei, então não sei opinar sobre. Mas voltando a questão da iluminação, a tela do Kindle lembra muito uma folha impressa, assim como as fontes. E só o fato de não ter reflexo, já me ajuda muito. Ler no celular para mim já é algo bem incômodo. A experiência de leitura fica muito tranquila, e no Papperwhite, que comentei antes, controlo a iluminação, o que me permite ler no escuro. Mas tenho colegas que compraram o modelo mais simples, mesmo que sem o controle de iluminação.
Por fim, explico esses detalhes, mesmo que parece algo comercial, pois são pontos que para mim foram muito vantajosos, e contribuem comigo seja no lazer ou no profissional até hoje.
Caso ainda queira conferir, vou colocar um vídeo mostrando a diferença da tela do dispositivo para um Tablet. Esse fator influenciar muito no ritmo e na saúda da leitura.
- Pontos Extras:
Vocabulário – Desde que a internet esteja ligada (Kindle tem concavidade wi-fi), para qualquer dúvida basta você selecionar a palavra que o significado aparecerá. Caso a palavra estiver em outra língua, essa mesma função permitirá, além do significado, uma tradução;
Notas – Leu algum trecho importante? Você pode selecionar, marcar como importante, tão quanto fazer anotações sobre. Essas anotações ficam disponível em um arquivo de texto dentro do Kindle, na qual você consegue passar para seu computador quando precisar. [Mais um da série que salva o seu tcc];
Kindle Unlimited – Não sou assinante do Kindle Unlimited, tenho o Amazon Reading que me permite alguns downloads, mas bem poucos se comparado. Entretanto, para quem é leitor acíduo, talvez valha a pena. Como costumo dizer, a “Netflix dos livros” custa cerca de R$19,90 mês e possui mais de 1 milhão de títulos disponíveis para Download. Confesso que não sei como está hoje em dia, mas quando comprei a biblioteca de livros em português era pouca, a variedade era maior em línguas estrangeiras o que não chamava tanto a atenção de alguns. Mas vale dar uma conferida.
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Caso queira entender melhor sobre os dispositivos Kindle, Kindle Papperwhite e Kindle Oasis, acesse o link exclusivo:
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Mas e ai, gostaram das dicas? Ficaram ao menos interessados em conferir o dispositivo? Ficou nítido que sou suspeito para falar sobre, o levo para todo canto, mas e você, qual sua opinião sobre o Kindle e eReaders como um todo?
Até breve!
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Pedro Gonçalves é Coordenador de marketing na Pêssego Atômico – Produção multimídia e Consultoria em Marketing, trabalha com consultoria e gestão com diversos clientes na região da AMUREL em Santa Catarina.
Também é host do podcast Pêssego Podcasts onde fala de Literatura, Cinema e Quadrinhos, e possui quadros semanais nas rádios Porto Gravatá (Gravatal – SC) e Pamppas WEB (Porto Alegre – RS).
Roteirista de Sketches de comédia pela The Second City – Comedy School de Chicago.
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