5 Dicas de leitura: Dia Mundial do Livro.

Dia 23 de Abril é comemorado o dia mundial do livro e claramente não podemos deixar essa data passar batido, pois um dos materiais que mais consumimos na Pêssego Atômico são livros. 

Fiquei bem pensativo sobre o que recomendar, fiquei na dúvida entre livros de ficção, horror, empresariais (Quase sempre ligados a marketing e economia no meu caso), quadrinhos ou num geral. Preferi então falar do geral, e caso aja interesse fiquem a vontade para me pedir dicas específicas que adorarei selecionar alguns. Recebemos em nossa parceria com o Grupo editorial Cia. das letras diversos livros mensalmente para falarmos em nosso Podcast, e além desses muitos também compramos de outras editoras quando vemos uma necessidade em falar sobre aquela obra, logo temos muitas obras para recomendar. – E pelo prazer de ler, nem tudo é para os podcasts, mas quase sempre aproveitarmos. –

Sem enrolação vamos para as dicas de leitura:

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1 – A Incendiária de Stephen King – Editora SUMA:

Publicado originalmente em Setembro de 1980. A obre tem grande importância para os livros de Horror, pois a narrativa diferenciada, e diversos outros aspectos se agregam a críticas políticas a época e um mix de horror com ficção científica digna oitentista dão um ar de seriedade, tensão, ação e a imersão acontece rapidamente. 

Sinopse: 

Andy e Vicky eram apenas universitários precisando de uma grana extra quando se voluntariaram para um experimento científico comandado por uma organização governamental clandestina conhecida como “a Oficina”. As consequências foram o surgimento de estranhos poderes psíquicos — que tomaram efeitos ainda mais perigosos quando os dois se apaixonaram e tiveram uma filha.

Desde pequena, Charlie demonstra ter herdado um poder absoluto e incontrolável. Pirocinética, a garota é capaz de criar fogo com a mente. Agora o governo está à caça da garotinha, tentando capturá-la e utilizar seu poder como arma militar. Impotentes e cada vez mais acuados, pai e filha percorrem o país em uma fuga desesperada, e percebem que o poder de Charlie pode ser sua única chance de escapar.

PODCAST [Análise sem spoiler do texto e da produção da obra]: 

https://pessegoatomico.podbean.com/e/usina-literária-a-incendiária/

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2 – Desenhados um para o outro – Quadrinhos na Cia. :

Essa dica não é um livro em específico, mas de extrema importância para literatura de quadrinhos. 

Desenhados um para o outro de Robert & Aline Crumb une todos os trabalhos do primeiro casal de quadrinistas DO MUNDO. Exatamente, um casal lançando diversos quadrinhos onde ambos ilustram a si mesmos em diversas situações. Com humor ácido e crítico, ao mesmo tempo que aleatório, Robert e Aline Crumb se firmam nas críticas sociais e em textos que fluem de maneira extraordinária utilizando de situações reais e fictícias mas sempre com a deixa para críticas sociopolíticas. 

Sinopse: 

Abrangendo quatro décadas de uma colaboração artística e romântica sem igual, Desenhados um para o outro é um retrato hilariante dos Crumb, um casal singular na sua excentricidade e adoravelmente infame. O livro documenta a saga do relacionamento boêmio dos dois, retratando a confusão, a violência e a constante (e maravilhosa) sordidez que é o dia a dia chez Crumb: colapsos nervosos, neuroses, desastres na educação dos filhos, conjunções carnais repletas de fluidos e muito mais. O escopo cronológico de Desenhados um para o outro também serve ao panorama contracultural e de exilados dos Estados Unidos por quase meio século. As histórias começam nos morros do norte californiano, com singelos passeios pela Haight-Ashbury, e vão até uma louca e malfadada aventura pelo deserto do Arizona. Os hippies dos anos 1970, os yuppies dos anos 1980, o nascimento da filha Sophie, o êxodo do casal para a França, está tudo aqui. Este volume extraordinário mostra como essas duas almas profundamente cativantes, neuróticas e atormentadas encontraram a redenção ao se autodesenhar.

PODCAST [A história por trás dos quadrinhos]:

https://pessegoatomico.podbean.com/e/usina-literária-desenhados-um-para-o-outro/

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3 – O ARTISTA POR TRÁS DO SUPERMAN: A HISTÓRIA DE JOE SHUSTER – Editora Aleph:

Essa obra biográfica em quadrinhos, escrita pelo grande Julian Voloj e pelo prezadíssimo artista Thomas Campi fala de uma figura icônica no universo dos quadrinhos, Joe Shuster. Joe junto a Jerry Siegel criaram nada mais nada menos que o maior herói de todos os tempo, SUPERMAN; porém o que parece ser incrível e uma vida de fama e sucesso pelo feito, se fez em uma história difícil e de muita luta para serem creditados e receberem algo pela criação. A história é intensa, emocionante e linda, uma digna homenagem a Shuster. 

Sinopse: 

Um garoto alienígena vindo de um planeta extinto é adotado por um casal de fazendeiros no interior do Kansas e se torna o maior herói da Terra, usando seus superpoderes para combater o mal, sempre incógnito sob a identidade de um jornalista do Planeta Diário. Todos conhecem a história do Superman, um dos mais importantes e simbólicos personagens da cultura pop, mas muitos ainda desconhecem a história de sua criação e o grande impacto que ele provocou no mercado editorial norte-americano.

A história de Joe Shuster: O artista por trás do Superman é uma história em quadrinhos que narra a vida de um dos co-criadores do herói mais famoso do ocidente, ao mesmo tempo que explora a popularização dos quadrinhos modernos na Era de Ouro do gênero. Roteirizado por Julian Voloj (Ghetto Brother: Uma Lenda do Bronx) e ilustrado por Thomas Campi (Magritte: This is Not a Biography), o livro é uma obra de ficção escrita a partir de uma meticulosa pesquisa sobre a vida do famoso ilustrador, apresentando um retrato realista da história, ao mesmo tempo em que joga luz sobre a biografia de Jerry Siegel, roteirista, colega de Shuster e co-criador do herói.

O leitor terá a chance de conhecer as origens familiares de Shuster, sua juventude, o relacionamento com Siegel e a evolução de sua carreira, além de descobrir detalhes sobre a batalha judicial mais famosa da indústria dos quadrinhos. Quando a primeira história do Superman foi publicada, em 1938, na Action Comics #1, a dupla recebeu um pagamento de 130 dólares e, em troca, assinaram um contrato cedendo para sempre à editora todos os direitos sobre o personagem. Ao longo das décadas, à medida que Clark Kent alçava voos ainda maiores, Shuster e Siegel ficavam à margem do sucesso da própria criação.

A História de Joe Shuster: O artista por trás do Superman é uma graphic novel fantástica com uma delicada narrativa sobre criatividade, amizade, sucesso e persistência. Em tempos nos quais os super-heróis se tornaram verdadeiras lendas de sucesso e popularidade, é hora de lembrar dos homens que deram vida à primeira delas.

PODCAST sobre a biografia [Com participação do ator, comediante e assíduo leitor Fernando Caruso]:

https://pessegoatomico.podbean.com/e/o-artista-por-tras-do-superman-a-historia-de-joe-shuster/

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4 – Blade Runner: O caçador de Andróids / Andróides sonham com ovelhas elétricas? – Editora Aleph

O livro de 1962 que marcou gerações, e que serviu de inspiração para o filme que marcou ainda mais gerações, tem um texto e uma história a frente do seu tempo. Não pelo fato de se passar no futuro, mas pela narrativa de Phillip K. Dick. O autor possuía e deixou eternizado em suas obras uma facilidade de narrar cenas futurísticas com uma facilidade como quem vivenciava diariamente tudo que é descrito. 

Sinopse:

Inspiração para um dos maiores clássicos do cinema, dirigido por Ridley Scott, este romance é de autoria do prolífico e revolucionário Philip K. Dick, um dos maiores expoentes da contracultura na ficção científica durante as décadas de 60 e 70.

Rick Deckard é um caçador de recompensas, vivendo em uma San Francisco decadente, coberta pela poeira radioativa que dizimou inúmeras espécies de animais e plantas. Um novo trabalho pode ser o ponto de virada para melhorar seu padrão de vida e realizar seu sonho de consumo: uma ovelha de verdade, para substituir a réplica elétrica que ele cria em casa. Para isso, Deckard precisa perseguir e aposentar seis androides que estão foragidos, se passando por humanos. Mas as convicções do detetive podem mudar quando percebe que a linha que separa o real do fabricado não é mais tão nítida quanto ele acreditava.

Em Androides sonham com ovelhas elétricas?, título original deste livro, Philip K. Dick cria uma atmosfera sombria e perturbadora para contar uma história impressionante, e abordar questões filosóficas profundas sobre a natureza da vida, da religião, da tecnologia e da própria condição humana.

Esta nova edição conta com capa ilustrada por Rafael Coutinho, com design de Giovanna Cianelli. A cena imaginada por Coutinho homenageia o filme e retoma o ar policial noir do romance, ao mesmo tempo em que explora a atmosfera de dúvida e segredos presente na obra de Dick.

Podcast – O LIVRO QUE INSPIROU BLADE RUNNER (O CAÇADOR DE ANDRÓIDES)- “ANDROIDS SONHAM COM OVELHAS ELÉTRICAS?”:

https://pessegoatomico.podbean.com/e/o-livro-que-inspirou-blade-runner-o-cacador-de-androides-androids-sonham-com-ovelhas-eletricas/

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5 – A Revolução dos Bichos – Companhia das Letras

Escrita por um dos maiores influenciadores do século XX, a obra de George Orwell narra de forma fabulosa uma história de poder, a crítica nítida e detalhada sobre o autoritarismo e sobre os grandes problemas que a Europa passava na época. Tudo isso utilizando dos animais para representar a humanidade e o que um governo autoritário pode causar e principalmente influenciar nela. Uma leitura obrigatória e atemporal – infelizmente atemporal… -.

Sinopse: 

Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.

De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos – expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História – mimetizam os que estavam em curso na União Soviética.

Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A revolução dos bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto.

Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.

Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações, A revolução dos bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias: a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift seu representante máximo.

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5.1 – A Revolução dos Bichos em Quadrinhos – Quadrinhos na Companhia

Para retratar o clássico de George Orwell, o premiado ilustrador brasileiro Odyr teve o desafio de projetar a obra em seus traços aquarelados. A versão de Odyr, que já está sendo lançado mundo a fora, ficou fantástica e com uma arte que transmite diversas emoções das pesadas e intensas cenas da história. O desafio não foi fácil, durou anos, mas o resultado ficou incrível.

Sinopse: 

Odyr passou os últimos anos envolvido numa empreitada desafiadora: transformar em quadrinhos um dos maiores clássicos da literatura mundial, A revolução dos bichos. Em tinta acrílica, fazendo com que cada página se tornasse uma verdadeira obra de arte, Odyr deu forma à narrativa de George Orwell — e a personagens antológicos como os porcos Napoleão e Bola-de-Neve. Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945, essa breve narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. Mas não só. Mais de sessenta anos depois, A revolução dos bichos se tornou uma alegoria universal sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão de grandes ideias e projetos de revolução política. 

PODCAST – A fascinante versão de Odyr para A revolução dos Bichos:

https://pessegoatomico.podbean.com/e/usina-literaria-especial-a-revolucao-dos-bichos-em-quadrinhos/

Pois bem pessoal, essa foram algumas dicas que achei interessante passar nesse dia mundial do Livro. Como falado, dicas de leitura temos aos montes e se quiserem mais, até com categorias em específico, fico a disposição para ouví-los. O que gosto muito ao receber os livros e falar sobre é não fazer uma sinopse ou resenha, até porque

Isso é o que mais tem na internet. Gosto, gostamos na verdade, pois o pessoal lá do Pêssego Podcasts estão comigo nessa opinião, é de ver qual foi o contexto, o momento em que a obra foi escrita, quais as críticas que ela faz, ou quais os sentimentos o autor queria passar… Dissecar obras gera muito conteúdo, muito mais trabalho também com certeza, mas gera um conteúdo mais rico e produtivo. 

Espero que tenham gostado das dicas, e um feliz dia mundial do livro a todos!

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Ps: O Pêssego Podcasts tem parceria com o grupo Editorial Cia. das letras, onde recebemos mensalmente diversos livros de suas editoras para gravarmos episódios sobre. 

Ps 2: O post foi feito em parceria com a Amazon para sugestão de compra. 

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Pedro Gonçalves é Coordenador de marketing na Pêssego Atômico – Produção multimídia e Consultoria em Marketing, trabalha com consultoria e gestão com diversos clientes na região da AMUREL em Santa Catarina. 

Também é host do podcast Pêssego Podcasts onde fala de Literatura, Cinema e Quadrinhos, e possui quadros semanais nas rádios Porto Gravatá (Gravatal – SC) e Pamppas WEB (Porto Alegre – RS). 

Roteirista de Sketches de comédia pela The Second City – Comedy School de Chicago.

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